Consultoria Capco comenta conceito, impactos e desafios da implementação no Brasil

O Pix, novo meio de pagamento digital e instantâneo do Banco Central, começa a operar no dia 16 de novembro e já vem movimentando o mercado financeiro, dos bancos tradicionais às fintechs. As instituições financeiras habilitadas para operar o sistema estão agora numa disputa para atrair consumidores que queiram cadastrar a chave Pix em suas plataformas.

Para comentar este tema, incluindo o conceito, impactos e desafios do Pix no Brasil, indicamos Letícia Murakawa, diretora executiva da Capco, e Manoel Alexandre Bueno e Silva, Head do Capco Digital Lab São Paulo (mini currículos abaixo). A Capco é uma consultoria global de gestão e tecnologia dedicada ao setor de serviços financeiros que vem acompanhando a evolução internacional dos meios de pagamento e do sistema financeiro de forma geral, tendo participado de processos semelhantes ao que está acontecendo aqui no Brasil em países como Reino Unido, Austrália, Singapura, além de seguir de perto os últimos movimentos na China e Índia.

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“Apesar de poder ser usado em diversos equipamentos, o Pix foi criado pensando no celular como principal canal para realizar suas transações. O PIX estará disponível para clientes com contas em bancos ou carteiras digitais, dando muita opção de escolha aos clientes. Os pagamentos e transferência de dinheiro poderão ser feitos através da leitura de um QR-Code ou o uso de uma Chave Pix, que são números fáceis para os usuários – CPF/CNPJ, número de celular ou email. Ainda há a opção de usar um código criado pela própria instituição financeira”, explica Manoel Alexandre Bueno e Silva, Head do CAPCO Digital Lab São Paulo.

O executivo diz que uma pessoa poderá realizar um pagamento apontando a câmera de seu celular para um QR Code e fazer a transação com segurança e rapidez, ou transferir dinheiro para um amigo usando só o número de telefone do beneficiário. “E para quem está recebendo, o dinheiro chegará na hora, com a maior parte das transações sendo realizada em menos de 10 segundos”, completa.

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A expectativa da Capco é de que os clientes comecem a migrar gradativamente para o novo modelo de pagamento, em especial através do pagamento por QR-Code. Para o cliente, é uma melhoria na experiência do pagamento, porque não terá mais a necessidade de carregar dinheiro na carteira, aumentando sua segurança. Outro fator importante é evitar o processo de passar um cartão na leitora e digitar a senha no equipamento do lojista, especialmente em tempos de pandemia de COVID-19.

“Os lojistas poderão aceitar PIX sem adicionais de compra ou aluguel de equipamentos POS (maquininhas), visto que para aceitar um PIX, basta imprimir um QR Code e colocar na área do caixa. Esperamos que muitos comércios que hoje não aceitam pagamento em dinheiro ou cartão passarão a aceitar pagamentos por PIX”, ressalta Letícia Murakawa, diretora executiva da Capco.

Além disso, completa, espera-se que a concorrência traga redução nas taxas cobradas pelos bancos e carteiras digitais – lembrando que a opção de escolha sempre é do lojista, que poderá optar pela melhor oferta de valor para seu negócio. “E por fim, mas não menos importante: o dinheiro estará disponível imediatamente, sem taxas adicionais. O PIX funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e as transferências são praticamente instantâneas”, afirma a diretora.