Nova plataforma de live commerce facilita interação para marcas

A próxima semana será mais um teste de fogo para o e-commerce nacional provocado pela Black Friday, que será realizada no dia 27 de novembro. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), 52% dos consumidores pretendem comprar algum item em uma das principais datas do varejo brasileiro depois do Natal. E um dos recursos que deve simplificar esse acesso digital em massa é o atual conceito de live commerceonde não há a necessidade de baixar aplicativo e depender de regras das redes sociais que mudam todos os dias.

No live commerce, a venda acontece durante a transmissão ao vivo, direto no site da empresa ou na plataforma, a um clique de distância.

Um dos exemplos recentes e bem-sucedidos desse novo modelo foi testado e aprovado pela Tramontina, primeira empresa a apostar na plataforma Alive. A conhecida marca dos brasileiros fez sua estreia no mundo das lives de vendas, em setembro, com um chef ensinando receitas e tirando dúvidas do público sobre seus produtos em tempo real. O cliente que assistiu pelo celular não precisou baixar um aplicativo da marca; acompanhou e comprou diretamente pela própria URL da Tramontina. A estratégia da comunicação da live foi criada pela agência W3haus e a produção, em parceria com a produtora Brooke, ambas da Holding Haus.

“Muitas marcas já começaram a testar o formato de live commerce usando o Youtube ou Facebook e fazendo vendas via QR Code ou cupons. Nós estamos dando o próximo passo ao integrar a experiência de compra com a nossa solução de streaming. Este processo precisa ser fluído e sem quebra entre o conteúdo e plataforma”, explica Alessandro Cauduro, CIO do ecossistema Haus e CEO da Huia. “Isso ainda minimiza o risco de utilizar grandes players de tecnologia e ter de seguir suas regras comerciais”, enfatiza Canduro.

A solução permite que o cliente coloque produtos no carrinho enquanto assiste ao vídeo, clicando diretamente na tela do dispositivo em que a live é assistida. Ao optar pela compra, a plataforma o direciona para canal de e-commerce da marca, onde o pedido está pronto para ser fechado.

Recomenda-se que as lives tenham de 15 a 60 minutos, para não serem cansativas, e sejam conduzidas por um bom vendedor, um microinfluenciador e até um consumidor “lover” da marca. Além da parte tecnológica, a Huia auxilia na estratégia de vendas, conteúdo e suporte. O objetivo é fazer pequenas lives, viáveis economicamente para as empresas, e que elas ganhem escala. “Acreditamos que os grandes eventos de live commerce que as marcas têm feito são importantes para gerar awareness e branding, mas o formato que apostamos são pequenos e mais frequentes, para que o consumidor tenha o hábito de participar e a conta faça sentido para quem quer vender”,afirma Cauduro.

Este formato de vendas foi apontado no Google Black Friday Insights Book como uma estratégia de inovação para as empresas se diferenciarem neste período competitivo. “O live commerce vai ser a novidade neste ano, mas é fundamental que as marcas testem antes para estarem preparadas e incorporarem o formato na sua estratégia de venda”, finaliza Alessandro Cauduro.