Relatório sobre Crimes Cibernéticos da LexisNexis Risk Solutions revela novas oportunidades e riscos nos canais online da América Latina

A LexisNexis Risk Solutions compartilha os resultados de seu Relatório semestral sobre Crimes Cibernéticos, com monitoramento das atividades globais de crimes no universo online de janeiro a junho de 2020. O relatório analisa como a pandemia de COVID-19 impactou a economia digital no mundo todo, economias regionais, indústrias, negócios e o comportamento de consumidores. O período registrou um forte crescimento do volume de transações globais em comparação com 2019, mas um declínio no volume de ataques. Isso provavelmente está relacionado ao crescimento da atividade genuína do cliente, devido às mudanças dos hábitos de consumo.

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O Relatório sobre Crimes Cibernéticos da LexisNexis Risk Solutions traz a análise de dados de mais de 22,5 bilhões de transações processadas pela Rede de Identidade Digital da companhia (Digital Identity Network) e revela um crescimento de 37% ano após ano. As transações em dispositivos móveis continuam crescendo, representando 66% de todas as transações provenientes de dispositivos móveis no primeiro semestre de 2020, contra 20% no início de 2015. A red LexisNexis Digital Identity Network também observou um aumento nas transações de novos dispositivos e novas identidades digitais – o que é atribuído a muitos consumidores novos no mundo digital, que migraram para a internet para aquisição de bens e serviços não mais disponíveis presencialmente ou de difícil acesso por meio de uma loja física, durante a pandemia.

A América Latina experimentou as maiores taxas de ataques de todas as regiões do mundo e percebeu picos consistentes nessas taxas de março a junho de 2020. Isso destaca o impacto que a COVID-19 teve nas taxas de ataques da região latino-americana.

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A A red LexisNexis Digital Identity Network processou 740 milhões de transações em toda a América Latina, um crescimento significativo de 63% ano após ano. Este aumento acompanhou o crescimento das taxas de ataques por bots iniciados por humanos e automatizados, que cresceram 23% e 46%, respectivamente.

Notavelmente, Brasil e México avançaram na lista de países com o maior volume de ataques cibernéticos iniciados por humanos. Agora, ocupam as posições 3 e 4, respectivamente, atrás apenas dos Estados Unidos e Canadá. Um exemplo de rede de fraudes na América Latina observou múltiplos fraudadores atacarem quatro bancos e dois gateways de pagamento no Brasil, com mais de US$ 275.000 expostos às fraudes. Essa rede sozinha consistia em 1.600 dispositivos, 9.300 endereços de e-mail e 500 números de telefones. 

Principais conclusões adicionais do Relatório sobre Crimes Cibernéticos da LexisNexis Risk Solutions:

Declínio nas taxas de ataques – Em geral, as taxas de ataques iniciados por humanos na red LexisNexis® Digital Identity Network® caiu durante o primeiro semestre de 2020, mostrando um declínio de 33% ano após ano. A divisão por setor mostra uma queda de 23% nos serviços financeiros e uma queda de 55% na taxa de ataques no comércio eletrônico.

  • Apesar disso, a Ásia-Pacífico (APAC) observou algum crescimento nas taxas de ataques durante abril e maio e um grande pico em junho, por meio de um ataque por bot de falsificação de identidade, que tinha como alvo um gateway de pagamento. Os padrões de ataques na América do Norte e EMEA tiveram menos volatilidade e menos picos nas taxas de ataques no período de seis meses observado.
  • Visibilidade global do vetor de ataque –  A mídia é o único setor que registrou um crescimento geral, ano após ano, de ataques cibernéticos iniciados por humanos. A red LexisNexis Digital Identity Network registrou um aumento de 3% apenas nas transações via navegadores em dispositivos móveis.
  • Globalmente, os bots automatizados continuam sendo um vetor de ataque chave na Digital Identity Network. As organizações de serviços financeiros experimentaram uma onda de ataques por bots automatizados e continuam a ter mais ataques por bots do que qualquer outra indústria.
  • Ao longo da jornada do cliente – A abertura de novas contas observa ataques com uma taxa mais alta do que qualquer outro tipo de transação na jornada do cliente digital. No entanto, o maior volume de ataques visa pagamentos online. As transações de login tiveram a maior queda na taxa de ataque, em comparação com outros casos de uso.
  • A análise de novos pontos de contato (touchpoints) com o cliente, em sua jornada online, está incluída neste relatório pela primeira vez, fornecendo contexto adicional sobre os principais pontos de risco, como transferências de dinheiro e redefinições de senha.
  • Durante a COVID-19 – Todas as indústrias sentiram o impacto da COVID-19. Há picos e quedas claros nos volumes de transações, que coincidem com os períodos de lockdown global. As organizações de serviços financeiros perceberam um crescimento no número de novos usuários bancários que migraram para o digital, uma mudança na jornada dos consumidores que já viajavam muito e uma redução no número de dispositivos usados por cliente. Também houve vários ataques contra bancos, que oferecem empréstimos relacionados ao COVID-19.

Os empreendedores de e-commerce observaram um aumento nos pagamentos digitais e em várias outras tipologias de ataques importantes, que coincidem com o período de lockdown. Isso incluiu ataques de apropriação de conta, usando falsificação de identidade e mais fraudes de estorno por primeira parte.

“Este é o primeiro Relatório sobre Crimes Cibernéticos da LexisNexis Risk Solutions a incluir dados sobre a nova realidade de conduzir negócios, durante uma pandemia”, diz Rebekah Moody, diretora de Fraude e Identidade da LexisNexis Risk Solutions. “A mudança para o digital, tanto para empresas quanto para consumidores, foi significativa. No entanto, com essa mudança, vem a oportunidade de exploração. Os fraudadores procuram alvos fáceis: sejam pacotes de apoio de governos, novas linhas de crédito ou empresas de mídia com poucas barreiras de entrada. Precisamos garantir que todos os consumidores, especialmente aqueles que podem ser novos no digital, estejam protegidos. As empresas devem se armar com defesa em camadas, capaz de detectar todo o espectro de ataques possíveis e que esteja preparada para o futuro contra ameaças em constante evolução”.

 “A América Latina sentiu o impacto da COVID-19 intensamente, à medida que os negócios online continuam a se transformar e evoluir para atender às necessidades de uma base de consumidores cada vez mais digital. No entanto, isso não deve ocorrer às custas de um crescimento de fraudes”, acrescenta Rafael Costa Abreu, diretor de Fraude e Identidade da LexisNexis® Risk Solutions para LATAM. “Devemos identificar e bloquear os fraudadores – sejam oportunistas ou grupos de fraudes altamente conectados -, no momento em que realizam transações. O compartilhamento de conhecimento deve ser tão fundamental para as empresas globais, quanto para os cibercriminosos que as atacam”.